João 17:17
Quando estava se aproximando do dia
de sua morte, Jesus se retirou para orar e num ato de amor clamou ao Pai pela
vida de seus discípulos e de todos que viriam após eles e creriam ser Ele o Messias
enviado por Deus. Nesta oração Jesus clamou para que o Pai os santificasse na
verdade, e o que é a verdade?
Em toda a Bíblia vemos um apelo ao
conhecimento das Escrituras, da Palavra. Como o homem poderia chegar a uma
intimidade com Deus se não o conhecesse? Como é possível conhecê-lo? EXAMINANDO
AS ESCRITURAS, porque é através dela que Deus se revela ao homem e lhe mostra a
sua vontade.
Pensando assim, entendemos que é
prioridade para vida do crente o ESTUDO DA PALAVRA. Nossas crianças e juniores
não podem ficar de fora, precisam de uma base sólida para que sua vida
espiritual cresça de forma saudável, a final, A INFÂNCIA É O MELHOR TEMPO PARA SEMEAR.
No livro de Deuteronômio vemos
Moisés se despedindo do povo de Israel e a sua preocupação em deixar claro que
só conseguiriam se manter firmes se obedecessem os mandamentos de Deus e
passassem isto adiante: para seus filhos, as futuras gerações. “Ouça, ó Israel: o Senhor, o nosso Deus, é
único SENHOR. Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o teu coração, de toda a sua
alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno
estejam em seu coração. Ensine com persistência a seus filhos. Converse
sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho,
quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e
prende-as na testa. Escreve-as nos batentes das portas de sua casa e em seus
portões.” Deuteronômio 6:4-9 (NVI)
Com a morte de Moisés, guiados por
Josué, Israel entrou na terra prometida, mas um fato que nos chama a atenção é
o que está escrito em Juízes 2:10 “Depois
que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova
geração que não conhecia o SENHOR e o que ele havia feito por Israel”.
Depois de tudo o que Deus havia
feito, de todas as ordens deixadas, o povo não obedeceu: NÃO ENSINOU SEUS
FILHOS O CAMINHO A SEGUIR. Esta história infelizmente continua se repetindo.
Vivemos uma época em que os pais, em sua maioria, não se preocupam com a vida
espiritual de seus filhos, não se preocupam em deixar bons exemplos e muito
mesmo cumprem sua tarefa: EDUCAR.
A tarefa de educar é
responsabilidade dos pais, da família. Mas se isto tem sido de alguma forma
negligenciado, Deus conta com a sua igreja para cumprir esta tarefa. Você tem
investido na infância?
Estudos comprovam que os cinco primeiros anos de vida são
determinantes e fundamentais para o
alicerce da personalidade. Grande parte do que a criança vai ser quando
adulta é formado até os cinco anos de idade, por isso, cabe a pergunta: Que
geração estamos preparando para o futuro?
Pensando na importância do ensino da
Palavra vamos comentar um pouco sobre o melhor mestre de todos os tempos e o
exemplo a ser seguido: JESUS.
Suas qualidades
pessoais
Ø Jesus teve uma
vida santa, de completa obediência ao Pai (I Pe 2:22).
Ø Ele evolveu seu
ministério com oração, confiando plenamente no Pai (Mc 1:35; Lc 5:16; 6:12-16).
Ø O Senhor era
amigável, cordial e receptivo (Mc 10:13-16; Lc 19:1-10).
Ø Ele se importava
com as pessoas como indivíduos (Lc 8:40-56; 10:38-42).
Ø Jesus era
amável, cheio de tato, mas direto – falava a verdade de maneira delicada (Jo
4:16-18).
Ø Ele servia aos
outros de boa vontade (Jo 13:1-17).
Ø Respondia com
sensibilidade às necessidades dos que o rodeavam (Mt 17:24-27; Lc 5:4-10; Jo
2:1-11).
Seus princípios
de ensino
Ø Jesus conhecia
bem o seu tema e ensinava sistemática e completamente (Mt 5-7).
Ø O Senhor
adaptava-se ao tamanho da sua audiência – grandes multidões (Mc 4:1,2), pequenos
grupos (Lc 22:14-20), indivíduos (Mt 19:16-22; Jo 3:1-21; 4:5-26).
Ø Ele considerava
as circunstâncias e necessidades de seus ouvintes enquanto desenvolvia as
lições (Mt 4:18,19; Lc 14:7-11).
Ø Jesus ensinava a
verdade de maneira sucinta, poderosa e clara (Mc 2:2-12).
Ø Ele incluía
ilustrações vividas e estimulantes (Lc 10:25-37; 15:4-32).
Ø Não se deixava
desviar do seu objetivo; dirigia-se ao ponto central das questões (Jo 4:7-25).
Ø O Senhor
desafiava os alunos a aplicar a verdade que ouviram, mas nunca tentou forçar
uma decisão de seus ouvintes (Mc 10:17-27).
Ø Buscava
continuamente glorificar ao Pai e esclarecer e encorajar seus alunos (Jo
11:38-44; 15:1-17).
Seus métodos
Ø Usava as Escrituras
em seu ensino (Mt 19:4-6; Lc 24:27, 32, 44, 45).
Ø O Senhor
considerava a história (ou parábola) como um método de ensino importante (Mt
13:3-53; Mc 12:1-11).
Ø Ele usava
situações da vida real como oportunidade para ensinar verdades espirituais (Mt
12:1-8).
Ø Ele, às vezes,
tirava proveito dos mal-entendidos ou discussões das pessoas como uma ponte
para o ensino (Mc 2:7-11; 9:33-37).
Ø O Senhor via as
perguntas dos alunos como oportunidade para ensinar (Mt 13:10-23; 17:19-21;
18:1-4).
Ø O Senhor fazia
perguntas para prender a atenção dos aprendizes e envolvê-los no processo de
aprendizagem: perguntas retóricas concentravam a atenção deles na lição (Lc
13:18,20). Perguntas provocativas faziam os ouvintes pensarem em si mesmos (Mt
23:17; Mc 10:18).
Ø Jesus usava
perguntas inquisitivas para saber no que os estudantes acreditavam ou o que
haviam compreendido: no início de uma lição (Mt 16:13,15; Lc 10:26) ou no final
de uma sessão de ensino (Lc 10:36).
Ø Jesus usava
conversas informais, geralmente no estilo de perguntas e respostas, como um
meio de ensino (Jo 3:1-21; 4:6-26).
Ø Ele fazia
discurso ou palestras – especialmente quando o grupo era grande demais para
serem usadas perguntas e respostas (Mt 5-7; 18:1-14).
Ø Jesus usava o
concreto para ensinar o abstrato: Ele apelava a imaginação com figuras de
palavras e comparações interessantes que ajudavam os ouvintes a compreender
conceitos abstratos difíceis (Mt 23:37;
Mc 10:25; Jo 3:8; 15:1-10).
Ø Ele utilizava o
conhecimento anterior dos seus discípulos, usando objetos e situações correntes
como auxílios visuais; o item comum oferecia uma base para compreender verdades
espirituais profundas (Mt 6:26-30; 22:19-21; Jo 4:35).
Ø Jesus criava
símbolos para ajudar seus alunos a compreenderem e lembrarem realidades
espirituais (Mt 26:26-29).
Ø Ele sempre
incentivava seus alunos a aplicar a lição em sua vida diária (Mt 6:33,34; Lc
10:37; Jo 13:14)